A China pretendia, nestas Olimpíadas, exibir ao mundo seu grande desenvolvimento econômico, político e social. No entanto, o tiro saiu pela culatra. Diante dos conflitos com o Tibete, o governo da república popular não consegue esconder suas garras totalitárias. De fato, as manifestações pró-Tibete estão pipocando pelo mundo em frente as embaixadas chinesas (inclusive no Rio). Porém, mais preocupante que isso para a China são as ameaças de boicote aos Jogos Olímpicos. Não acreditamos que as Olimpíadas possam ser canceladas, mas iria ficar feio para Pequim se países da União Européia (Sarkozy considerou a hipótese semana passada) e os EUA (pressões internas para que Bush não vá) não comparecessem em protesto. Segundo o governo chinês, não se deve politizar os jogos. Mas, ele parece ter esquecido que para ser um país anfitrião deve-se atingir rigorosos critérios sociais, econômicos e também políticos. E mais, um país sede deveria respeitar princípios básicos da democracia e dos direitos humanos e, sobretudo, ser um país pacífico. No nosso entendimento, o que tem acontecido no Tibete não é paz nem aqui nem na China.
Visite o blog do correspondente do Globo na China (que aliás foi recentemente censurado pelo governo chinês...)
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