quarta-feira, 2 de abril de 2008

Made in China

Em 1949, a Revolução Chinesa, liderada por Mao Tsé-Tung, constituiu a República Popular da China, que anexou o, até então, independente estado do Tibete. Dez anos depois, a oposição tibetana arquitetou uma revolta armada que foi esmagada pelo exército chinês. O líder espiritual e político tibetano, Dalai Lama, retirou-se para o norte da Índia, onde instalou, em Dharamsala, um governo de exílio.

No último 10 de março, monges budistas promoveram uma passeata pacífica em Lhasa, capital da atual província do Tibete, em homenagem ao 49° aniversario do levante separatista tibetano de 59. A notícia da prisão de alguns manifestantes durante o protesto foi a gota d’água para os tibetanos, que ainda almejam a independência. O povo deixou de lado o pacifismo pregado pelo Dalai Lama e revoltas violentas explodiram nas ruas de Lhasa e em províncias vizinhas.
Contra a violência, o governo chinês reagiu com mais violência. O resultado foi uma forte repressão, culminando em censura, detenções e mortes. Os turistas foram evacuados e a imprensa também teve o acesso proibido à província.
As vésperas da realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, o modo com que o governo chinês vem lidando com o movimento separatista assusta a comunidade internacional. Esta vem pressionando a China a usar mais do diálogo e menos da violência para lidar com os conflitos. Discussões sobre o boicote aos jogos estão abertas.

Mais notícias dos conflitos no Tibete.

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