quarta-feira, 9 de abril de 2008

Quando a fé ultrapassa os limites da lei

A denûncia de que uma menina de 16 anos teria sofrido abusos físcos e sexuais levou a polícia ao rancho de uma seita dissidente da igreja Mórmon no Estado do Texas, nos Estados Unidos. A polícia investiga o casamento da adolescente com um homem de 50 anos, com o qual ela já teria um filho. Pela lei do Texas, meninas com menos de 16 anos não podem casar, mesmo com aprovação dos pais. Segundo documentos apresentados pelas autoridades de bem-estar social do Estado do Texas, nesta terça-feira, 8, 416 crianças e 139 mulheres já foram retiradas do local.

O líder religioso e proprietário do rancho, Warren Jeffs, foi condenado em novembro passado à 10 anos de prisão por cumplicidade em um estupro, após ter forçado uma adolescente de 14 anos a se casar com seu primo. Porém, nem as grades do presídio foram uma barreira para Jeffs, que se auto-denomina um profeta, continuar comandando a seita.

A Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Último Dia (FLDS, sigla em inglês) , tem 10 mil integrantes e domina as cidades de Colorado City, no Arizona, e Hildale, em Utah. A seita prega que o homem deve se casar com pelo menos três mulheres para subir ao céu. As mulheres, por sua vez, são ensinadas que seu caminho para o céu é a subserviência ao marido.
A poligamia é ilegal nos Estados Unidos, mas as autoridades relutam em enfrentar a FLDS por medo de provocar uma tragédia similar à que aconteceu em 1993 na sede da seita Ramo Davidiano, em Waco, no Texas, quando 80 fiéis morreram em choques com a polícia.

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