segunda-feira, 19 de maio de 2008

Arrogância ou honestidade?

Num país onde só se pede afastamento de cargos públicos por acusações de fraudes ou má conduta política, Marina Silva entregou no último dia 13 sua carta de demissão, dizendo que "perde a cabeça mas não perde o juízo". De fato, muitos veículos de comunicação (inclusive internacionais) teceram bons comentários sobre a ex-ministra do meio ambiente. Marina lutou pela preservação da Amazônia, contra trangênicos e pelo desenvolvimento sustentável, porém a pressão do agronegócio e de madeireiras falou mais alto e grande parte da luta da ministra foi em vão. Marina veio de uma vila de seringueiros, foi amiga de Chico Mendez e sua principal bandeira durante o mandato era que o problema do desenvolvimento não sustentável no qual o Brasil vive hoje, não é uma questão de técnica, mas sim de ética. No seu lugar, assumiu Carlos Minc, que afirmou que "do Brasil, conheço pouco". No entanto, o novo ministro foi muito sensato nas questões que tem levantado até agora, embora tais questões tenha causado rebuliço na mídia e no planalto. Ao meu ver, Minc não exigiu nada de absurdo, tratam-se que questões mínimas para que possa exercer o cargo. Dentre as exigências estão autonomia nas decisões ambientais e participação na política tecnológica e econômica. Hoje o novo ministro se reunirá com o presidente Lula à tarde. É esperar para ver.

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